O mel é um produto que serve de matéria prima na indústria de transformação para a produção de inúmeros produtos. Pode ser transformado em adoçante natural para ser utilizado na indústria alimentícia, pode virar hidratante, loções, sabonetes, condicionadores pela indústria de cosméticos e o mel pode ser usado até na produção de remédios naturais. O mel é uma matéria prima pura e de ampla abrangência. Por ser um produto ecologicamente correto, que se encaixa na prática do desenvolvimento sustentável, o mel de abelha produzido no Rio Grande do Norte vem despertando o interesse de indústrias em todo o país e até no exterior. Mas isso é um fato recente. Até 2005 o produto era para consumo interno in natura. No ano passado, mais de um terço da produção potiguar de mel foi destinada ao mercado norte-americano, onde é utilizado tanto na mesa do café da manhã do americano, como também em indústrias de cosméticos e de produtos alimentícios. Até o final de 2008 o mel vai render para produtores do RN 1 milhão de dólares em exportações. É o nosso mel participando da cadeia de inúmeras indústrias de transformção pelo mundo.
Toda a produção segue princípios da sustentabilidade e convívio em harmonia entre os produtores, o meio ambiente e o ritmo das verdadeiras produtoras (as abelhas). Pequenos produtores estão vendo suas vidas serem transformadas a custa de muito trabalho, dedicação e respeito a natureza.Para muitos, desenvolvimento sustentável é a chave para o futuro do planeta e do ser humano. Encontrar meios para a prática desta forma de desenvolvimento é o desafio da humanidade no século 21. Mas o que seria desenvolvimento sustentável? Pode-se dizer, de uma forma simples e objetiva, que é o mesmo que unir o útil ao agradável. É se desenvolver sem interferir no meio ambiente e ao mesmo tempo usufruir tudo o que ele oferece. Um exemplo promissor de desenvolvimento sustentável vem sendo praticado há pouco mais de seis anos no Rio Grande do Norte e passa hoje por um momento de pujança. É a apicultura potiguar se destacando no meio rural e entrando com força na pauta de exportação do estado.
Fonte: Alexandre Mulatinho e Bruno Vasconcelos, O Poti (domingo, 02 de novembro de 2008)
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